Sociologia do Trabalho

Nesta aula, vamos analisar o que significa o trabalho para a sociedade e como os sociólogos clássicos desenvolveram suas teorias sobre este tema.

Bons estudos!




AGORA COMPLEMENTE OS SEUS CONHECIMENTOS RESOLVENDO OS EXERCÍCIOS ABAIXO.

Confira o gabarito ao final.

1. (Ufpa 2012)  Atualmente experimentamos profundas transformações, em todas as dimensões da sociedade, que levaram a uma reestruturação radical do setor produtivo. É uma das CONSEQUÊNCIAS desse processo:
a) Promove-se a organização da classe trabalhadora e fortalecem-se os sindicatos, uma vez que agora estes possuem um poder de pressão maior sobre os empresários.   
b) As empresas que passaram por um processo de reestruturação produtiva conseguiram obter vantagens comerciais porque, ao fazerem um intenso investimento em tecnologia, reduziram consideravelmente o desemprego tecnológico, ao mesmo tempo em que criaram mais postos de trabalho.   
c) A fragmentação do mundo do trabalho e a prática empresarial da terceirização tendem a criar uma rede complexa e diversificada na qual surgem novos estatutos precários de emprego e salário.   
d) Conquistam-se novos benefícios sociais e garantem-se benefícios já conquistados, na medida em que as empresas contratantes, ao livrarem-se dos encargos sociais e legais impostos pelo Estado, acrescentam os valores correspondentes nos salários dos trabalhadores, a título de incentivo.   

e) Existe uma espécie de degradação do trabalho na maioria dos setores da economia, que é determinada, em grande medida, pelo pouco interesse que os jovens possuem em relação à sua própria qualificação; o que nada tem a ver com os processos decorrentes da lógica do capitalismo.  

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2. (Unicentro 2011)  Um dos livros muito conhecidos do sociólogo Emile Durkheim é o “Da divisão do trabalho social”, obra publicada em 1893. Nesse livro, o autor identifica o surgimento de um novo método de trabalho que conduzia a uma nova fonte de interação social. Sobre a função da divisão do trabalho em Durkheim, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F, para as falsas.

(     ) A especialização das profissões e a divisão do trabalho baseiam-se em uma ética asceta que leva os indivíduos a buscarem acumulação e eficiência e a evitarem o desperdício e a preguiça.
(     ) Os resultados econômicos da divisão do trabalho são de menos importância, pois o efeito moral, o sentimento de solidariedade que essa produz é a sua verdadeira função.
(     ) Um arranjo social com classes dominantes e classes dominadas em constante conflito entre si é uma das principais implicações da divisão social do trabalho.
(     ) A divisão do trabalho possibilita a coesão social, garantindo o funcionamento harmônico do organismo social.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
a) V V V F   
b) F V V V   
c) F V F F   
d) F V F V   
e) V F F F   

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3. (Unicentro 2010)  “Durkheim presenciou algumas das mais importantes criações da sociedade moderna, como a invenção da eletricidade, do cinema, dos carros de passeio, entre outros. No seu tempo, havia um certo otimismo causado por essas invenções, mas Durkheim também percebia entraves nessa sociedade moderna: eram os problemas de ordem social.”

(Sociologia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 33).

Considerando a teoria sociológica elaborada por esse autor e seu estudo sobre a divisão do trabalho social, assinale qual alternativa está correta.
a) Para Durkheim a divisão do trabalho é antes de tudo um conceito que explica as desigualdades na moderna sociedade capitalista.   
b) A divisão do trabalho social para Durkheim expressa a contradição existente entre as diferentes funções da sociedade como um todo.   
c) Para Durkheim a divisão do trabalho social resulta das relações de cooperação entre as diferentes atividades sociais que integram a sociedade.   
d) Para Durkheim a divisão do trabalho permite perceber como cada função social só se realiza na sua relação de conflito com uma outra função social.   
e) Para Durkheim só podemos entender a divisão do trabalho social se buscamos entender como são regulamentadas as classes produtivas.   

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

Ao separar completamente o patrão e o empregado, a grande indústria modificou as relações de trabalho e apartou os membros das famílias, antes que os interesses em conflito conseguissem estabelecer um novo equilíbrio. Se a função da divisão do trabalho falha, a anomia e o perigo da desintegração ameaça todo o corpo social e quando o indivíduo, absorvido por sua tarefa se isola em sua atividade especial, já não percebe os colaboradores que trabalham ao seu lado e na mesma obra, nem sequer tem ideia dessa obra comum.

(DURKHEIM, E. A Divisão Social do Trabalho. Apud QUINTEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. M. Toque de Clássicos. Vol 1. Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007. p. 91.)


4. (Uel 2010)  Assinale a alternativa que corretamente define a função moral da divisão do trabalho social segundo E. Durkheim.

a) Ampliar a anomia social.   
b) Estimular o conflito de classes.   
c) Promover a consciência de classe.   
d) Estreitar os laços de solidariedade social.   
e) Reproduzir formas de alienação social. 

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5. (Uel 2012)  Considere os trechos a seguir.

A classe operária não pode apossar-se simplesmente da maquinaria de Estado já pronta e fazê-la funcionar para os seus próprios objetivos.

(MARX, Karl. A revolução antes da revolução. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p.399.)

Também do ponto de vista histórico, contudo, o “progresso” a caminho do Estado regido e administrado segundo um direito burocrático e racional e regras pensadas racionalmente, atualmente, está intimamente ligado ao moderno desenvolvimento capitalista.

(WEBER, Max. Parlamento e governo na Alemanha reordenada: crítica política do funcionalismo e da natureza dos partidos. Petrópolis: Vozes, 1993, p.43.)

Com base nos trechos, compare as concepções clássicas de Estado formuladas nas obras de Karl Marx e Max Weber. 

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6. (Uel 2012)  Considere os trechos a seguir.

A classe operária não pode apossar-se simplesmente da maquinaria de Estado já pronta e fazê-la funcionar para os seus próprios objetivos.

(MARX, Karl. A revolução antes da revolução. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p.399.)

Também do ponto de vista histórico, contudo, o “progresso” a caminho do Estado regido e administrado segundo um direito burocrático e racional e regras pensadas racionalmente, atualmente, está intimamente ligado ao moderno desenvolvimento capitalista.

(WEBER, Max. Parlamento e governo na Alemanha reordenada: crítica política do funcionalismo e da natureza dos partidos. Petrópolis: Vozes, 1993, p.43.)

Com base nos trechos, compare as concepções clássicas de Estado formuladas nas obras de Karl Marx e Max Weber.

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7. (Unicentro 2012)  De acordo com as análises de Karl Marx, a divisão social do trabalho revela duas classes que se contrapõem. Na produção capitalista, as duas classes antagônicas são as indicadas em
a) senhor e escravo.   
b) clero e burguesia.   
c) servos e senhores.   
d) nobreza e burguesia.   
e) burguesia e proletariado.   

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8. (Uema 2011)  Uma das condições imprescindíveis, em Karl Marx, para que a mercadoria como força de trabalho possa ser vendida e comprada no mercado é:
a) A separação entre os meios de produção e o produtor direto.   
b) A unidade entre o meio de produção e o produtor direto.   
c) A relação entre a produção, consumo e distribuição.   
d) O intercâmbio entre homem e natureza.   
e) A separação entre campo e cidade.   

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9. (Ufu 2011)  Ao tratar do método utilizado por Karl Marx para compor O Capital, Jacob Gorender afirma que “[...] Marx não partiu do conceito de valor, mas da mercadoria, isto é, da célula germinativa do modo de produção capitalista”.

Diante do exposto e dos seus conhecimentos acerca da obra desse teórico, assinale a alternativa incorreta.
a) O fetiche da mercadoria reflete aos homens as características sociais do seu trabalho como se fossem propriedades do próprio produto. Por este motivo, o fetiche da mercadoria provém de seu valor de uso.   
b) O valor de uso é o suporte físico do valor das mercadorias.   
c) O caráter duplo do valor de uso e do valor de troca resulta do caráter também do próprio trabalho que o produz: trabalho concreto e trabalho abstrato.   
d) Na sociedade capitalista, a riqueza pode ser compreendida como uma imensa coleção de mercadorias.   

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10. (Unimontes 2010)  Para Karl Marx, com a mecanização e o surgimento da fábrica, concretiza-se o processo de trabalho propriamente capitalista, designado por maquinofatura. É aqui que aparece o fenômeno da passagem da destreza manual para a máquina. Aquilo que se fazia com as mãos e as ferramentas passa a ser feito gradativamente por máquinas.
Considerando essa reflexão, é incorreto afirmar:
a) O desenvolvimento da maquinofatura chegou na atualidade à fase da automação, em que as máquinas têm grande autonomia, pois incorporam, na sua programação, mão de obra altamente especializada.   
b) No processo produtivo capitalista, o trabalho transforma-se em mercadoria, em que o trabalhador tem apenas a sua força de trabalho para vender, submetendo-se a um processo de relações sociais que gera profundas desigualdades.   
c) A independência do trabalhador, nas relações capitalistas de trabalho, torna-se evidente quando se verifica como acontece a divisão do trabalho em trabalho manual e intelectual, em quem executa e quem pensa, em quem é dominado e quem domina.   
d) Nesse momento, o trabalhador não necessita mais saber fazer um produto, ele precisa saber operar uma máquina que tem um motor e um conjunto de mecanismos, que impõe o ritmo de trabalho.   

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GABARITO

1) C

2) D

3) C

4) D

5) Marx e Weber apresentam concepções bastante diversas a respeito do Estado Moderno. Segundo Marx, o Estado está relacionado com a superestrutura de uma sociedade e é um aparato de dominação da burguesia. Já Weber enxerga o Estado como uma manifestação da racionalização ocidental, marcada por uma organização burocrática e impessoal. Ainda que enxerguem o mesmo fenômeno por perspectivas quase antagônicas, vale ressaltar que os dois autores têm claro que o Estado está intimamente relacionado e inserido na lógica de desenvolvimento do sistema capitalista.

6) Marx e Weber apresentam concepções bastante diversas a respeito do Estado Moderno. Segundo Marx, o Estado está relacionado com a superestrutura de uma sociedade e é um aparato de dominação da burguesia. Já Weber enxerga o Estado como uma manifestação da racionalização ocidental, marcada por uma organização burocrática e impessoal. Ainda que enxerguem o mesmo fenômeno por perspectivas quase antagônicas, vale ressaltar que os dois autores têm claro que o Estado está intimamente relacionado e inserido na lógica de desenvolvimento do sistema capitalista.

 7) E

8) A

9) A

10) C

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